domingo, 28 de dezembro de 2008

"Com Açúcar com Afeto "


Procuro nas mesas dos bares da cidade baixa, exatamente aquilo que tu me negas.
Cato nos discos do Chico, nas letras do Tom ou nos sopros do Armstrong – teu carinho teu afago.
Dê-me sua boca, compreensão e quem sabe seus ouvidos?
Mais um bar, mais uma garota marcando meu corpo, cravando suas unhas nas minhas costas, contrapondo-se ao seu namorado – são só bares.
Digo não ao mendigo, e torro tudo em bebida.
Que a minha boemia não seja a tua desculpa, que o meu corpo marcado não seja teu álibi, que meus pés confusos perante as faixas da República não sejam pretexto ao nosso fim e inicio ao meu fim.
Bar com Gim, mulher e um amigo – casa com cachorro e feijão no saco.
Queimo os dedos todas as noites, quando me pego a pensar no que vai ser de nossas vidas.
Com o braço sobre o cotovelo e o cigarro estendendo a cinza sobre a minha comida – onde tu estás?
Todos me conhecem, me dizem olá – as moças do bar freqüente, já estão me esperando por lá.
Pois nós que tínhamos prometido, nos guardar para o carnaval – agora a culpa é minha – a tua nunca, isso é normal.
Só te peço que pela manhã, bata a porta com cautela, não pretendo acordar pra te ver indo e me deixando sozinho, num leito que eu só joguei fora.
Mas claro, se não for pedir de mais: Me deixe um café pronto, e não amasse as folhas do jornal.
Ps. : Te amo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Infância

Nunca lembrei de ti, mas nunca consegui te esquecer.
Sempre alimentei uma coisa que eu mesmo acreditava ser impossível.
E o tanto que achava impossível, um dia me dei conta, de que o que sentia era irreversível – mas eu consegui acalmar.
“Já conheci, muita gente...”.
Pra mim, sempre ficou um “lapso”, sempre ficou uma lacuna – sempre senti falta de algo.Acho que era tu.
Não sei como os poetas chamam, a sensação de temer agradar de mais, e a sensação de ser relapso de mais – mutuamente – certamente, um poeta diria Roma, ou algo assim.
Os meus bilhetinhos sempre tiveram um único endereço, e até mesmo, quando brigávamos Como Cães e Gatos – pra mim era especial.
Tão confuso, e tão bom – como pode durar tanto?Crescer junto – praticamente – e de uma forma abrupta, nos encontramos com cabeças diferentes, corpos diferentes, desejos e idéias diferentes...Mas eu torno a sentir a mesma vontade de ser “piá”.
Senti saudades, daquela garotinha de beiços emburrados, braços veementes pra frente e pra trás, e pós isso – um sorriso de “Ta, passou”.
Sinto medo de te mostrar isso, e receber uma reação de negativa tua – mas também tenho medo de não mostrar, e perder a oportunidade de ser o “empurrão” que falta.
Algumas poucas vezes, passei no portão daquela escola, e foi de ti que eu lembrei primeiro – das coisas boas que eu vivi do teu lado, das que me magoaram, e só me fizeram ter mais vontade.
Sabe o que é mais irônico nisso?É que eu sinto-me atraído por ti, até quando não sei que tu és tu – aquela garota sensual no ônibus!
Eu sinceramente, não sei o que eu ganhei além da felicidade imensurável de estar do teu lado de novo.Mas eu sei bem o que eu não quero – e é perder o que eu quero ganhar.

domingo, 16 de novembro de 2008

Blues de Esclarecimento



Eu te amo,
E tu nem sabes
Eu te quero,
Todas as tardes.

Te amo em silencio.
Te peço silencio.
Te trouxe carinho.
Também afeição.

Fiz-lhe um desenho,
Risquei no papel
Saiu solidão.

Comprei absinto,
Pois tudo que sinto -
Na garrafa eu ponho.

Falando em beber,
Penso em lhe dizer,
Domingo vai dar!

Sonhando contigo,
Me sinto em abrigo
Consigo dormir.

Mas eu tenho medo
Porque o que anseio
Não eis de querer.

Pois sei que você
Nos meus olhos vê
Um amigo querido.

sábado, 15 de novembro de 2008

Ajude-me

Particípo de um mundo que eu queria me manter distante.
Eu não aguento mais me sentir sozinho, sentir largado.
Vivendo de passado, vivendo de lembrança –
quando eu tinha que ter as perguntas agora, e não as respostas.
O que eu fiz de tão errado?
O que eu fiz pra nunca ter com quem conversar?
Estou cansado – sinceramente estou – eu não quero mais ficar sozinho,
eu não quero mais contar segundos num sábado.
É engraçado, as pessoas te deixam sozinho,
não lembram de ti, não te chama pra conversar.
Mas quando acontecem as catástrofes, eles dizem que não sabem
porque aquele menino tão novo e cheio de vida fez aquilo.
O aviso foi dado.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Deixa


Meia luz e tal.Violão por cima do sofá, duas taças de vinho semivazias(?).
Dois corpos deitados no chão, estudando-se, vendo cada milímetro do corpo do outro.
“Vou escutar cada batida do teu coração, e de vez em quando, fazer menção que vou levantar minha cabeça do teu peito, e fazer menção de ir até tua boca, só pra ver teu coração pulsar mais rápido”.
Damos espaço um ao outro, damos tempo um ao outro.Isso vai ser saudável pra nós.

Deixa eu experimentar tua boca, Menininha?
Deixa eu brincar com teu umbigo, Menininha?
Deixa eu descobri teu corpo com os lábios meus, fazer desenhos no teu corpo com o meu corpo.
Deixa eu te fazer feliz, Menininha.
Deixa eu te mostrar o lado bom das coisas.

Deixa eu imortalizar a cena dos nossos corpos deitados no chão, imortalizar a cena de uma pessoa curtindo a outra ao máximo.

“Vou subir até tua boca, e deixar minha língua procurar a tua...”.
Eu te quero, Meninha.
E eu só quero que tu me digas sim.

domingo, 2 de novembro de 2008

Menina

Menina, por que és tão indecisa?
Por que não olha que é o certo seguir?
Menina, eu me entorpeço olhando as tuas coxas.
Queria que fosse a minha moça – pra que eu pudesse delas usufruir.

Por que não dizes que também me adora?
Por que não conta as mesmas horas?As que eu conto pra te ver sorrir.
Ah, eu tenho medo que seja paixão.
Que passe rápido feito um furacão – o que eu quero, é seguir a te amar,

Ah, menininha, tu não sabes o quanto eu te quero.
Os meus poemas são feitos pra ti.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Loucura


O teu olhar é quase todo dia triste, e todo dia abusa da minha loucura.
Eu não sei como isso foi ocorrer, e deveras, não sei como eu fui permitir.A um certo tempo, coisas ocorreram em minha vida, e desde então eu não me permiti mais amar.
Depois disso tu deve ficar vangloriada, e não assustada.Como eu disse, eu não me permitia mais amar, eu não me permitia mais chorar olhando fotos, e muito menos ouvindo sons.
O que mais me intriga nisso tudo, é que eu, em um sentido figurado, grito quando não estou perto de ti. A cada passo que tu dá na direção contrária a minha, dói. A cada palavra que tu impõe que não é sobre o que tu sentas sobre mim, dói mais ainda.
Mas de novo, o mais engraçado disso tudo, é que eu confio cegamente em ti, eu confio que por nós, ou por um futuro que eu quero chamar de nós, vai ser minha.
Escuto baladas apenas pra lembrar de ti, e eu choro porque tu não és inteiramente minha.
Eu só queria que tu soubesses que eu confio em ti, acredito nas posteriores decisões que tu vai tomar pelo nosso “nós”, e acredito piamente que tudo isso ainda vai ser lembrado com rosto alisando rosto, pele com pele.

sábado, 25 de outubro de 2008

Promessa


Conversar, conversar...
Parece tão simples – talvez até seja.
Ando meio confuso em relação a pensamento, a pessoas.Pra ser sincero – pessoa, no singular.
Talvez eu esteja apaixonado, talvez eu ame alguém de novo, talvez eu só esteja carente.
Pensar em alguém por horas, pensar em alguém lendo Kafka?Que coisa sem fundamento.
O problema é o seguinte:
"Apaixonar-se por alguém pelo intermédio da poesia, é coisa muito séria – séria mesmo".
“É o fogo que arde sem se ver[...]”.
Trancafio-me no meu quarto, feito um adolescente idiota, mimado e sofrendo de uma crise existencial.Mas no fundo não é isso.A coisa é mais séria.
Confunde a cabeça de qualquer vivente, apaixonar-se pela árvore.Sim, metaforizando é isso.Eu não conheço a árvore, eu a vi – de passagem pra algum lugar.Como posso me apaixonar por alguém, da qual nem senti o perfume?Da qual nunca toquei.Nem sei se a textura dela vale!
No momento da conversa, facilito as coisas pra mim, idealizando um futuro.Meu erro.
Mas pra variar, meto os pés pelas mãos.Digo coisas as quais não devo, e o que devo eu não digo.
Penso em ir pra Las Vegas e começar a jogar vinte e um.Com toda certeza vou ficar milionário.Se o dito “Sorte no jogo, azar no amor” estiver certo – sim, vou ficar riquíssimo.
Um azarado, zero a esquerda, um urubu – eu diria – não nasci pro amor.Não nasci pra ninguém.
Por mais que eu queira alguém – e eu quero – parece que ninguém me compreende, e eu não compreendo ninguém, sabe?É uma incompatibilidade bem peculiar, só eu vejo as coisas assim.Passo por dramático, fresco.Agora criaram os emos.Daqui a pouco vão me chamar disso também.
Eu sei que quando essa pessoa fala, eu paro pra ouvir, paro para ler.
Meus amigos mudaram, alguns no sentido literal, outros no sentido amplo.
Mas todos mudaram, e eu não, ou talvez tenha mudado, e não aceito essa mudança.
Zaratustra poderia me ajudar – quem sabe?Ele tinha uma visão muito mais ampla das coisas.Mais ampla que a minha.
Eu acho que não sei o que quero. Mas sei exatamente o que não quero.
Eu quero o corpo dela, desfrutá-lo, beijá-lo.Mas quero também, um café da manhã no outro dia – a dois.
E talvez, eu até saiba o que eu quero.Só falta saber se o que eu quero, me quer.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Vento

O vento que sopra,
E carrega a folha da laranjeira,
Pro outro lado da rua.

O vento que me trouxe boas noticias.
Leva-me agora, uma coisa boa - preciosa.
Vais ser o mesmo vento que leva minha intenção até lá

“O amor é paixão por dentro e serenidade por fora”.–
Meu amigo me falou.

Meu amigo foi com o vento,
Deixou-me apenas um relento,
E uma boa parte de sua sabedoria.

Sei fechar um cigarro,
Sei escrever um poema.

O meu amigo não me deixou.
Foi pra longe, pra meu amigo -.
Continuar sendo.


Feito para Eduardo Stigger.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Anúncio


A casa, comida e a roupa lavada -.
Não bastaram – precisaste me apunhalar.
Não era necessário ir embora dizendo que irias voltar.
Eu só queria honestidade e, um pouco de afeição.

Dei-te carinho, respeito e atenção.
Velei teu sono e comprei tuas encrencas.
Fui teu amigo, quis ser teu sangue, e de repente teu namorado.

Ó meu amor, como eu fui tão fracassado?
Eu fui tão tolo – meu coração arruinado.

Faz tempo desde nossa separação,
Faz anos, que vivo com essa decepção.
Mas lá no fundo, ainda sinto algum amor.
Talvez carinho, ou, é só mesmo uma lembrança de dor.

És uma parte da minha vida, que eu queria esquecer.
Um trecho da minha história,
Que queria eu, poder apagar,
Voltar no tempo, e fazer nunca acontecer.

Mas eu estou de pé hoje – em mais um amanhecer.
Destinei-me hoje – quero um novo amor.
E isso passa de poesia; talvez seja algum clamor.
Uma forma desesperada de dizer que eu, preciso de amor.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Panorama

Estava olhando da minha sacada,
Como esse mundo é ínfimo.
Enquanto a fumaça do meu cigarro subia,
Dava uma sensação hipnótica - vaga.

Aquela gente abastada de nada,
E cheia de pompa.
Eu queria uma noite com aquela menina.
Que do nada a minha mente dominou.

Uma noite que eu estava na sacada,
Eu bebia meu gim tranqüilamente,
Ouvia Coltrane e rangia os dentes – era por ela.

Só sei que meu gim, John Coltrane e meu cigarro,
Não compensam a falta que ela me faz – desde aquela única noite.


quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Gim

Vera, quando foi que eu esqueci?
Quando foi que amanheci – sem teu corpo ao meu lado?

Vera, o tempo passou,
O mundo girou, em prol do teu sorrir.
Vera, o que fazes tão risonha?Será que ainda não te deu por conta,
Que em nossas vidas não há do que rir.

Vera, cadê as flores dessa estação?
Sentimos frio, nem parece verão.
Teu corpo nu, eu acabei de despir.

Porque a vida não tem mais valor.
Porque a rosa já não tem mais cor.
E o teu gosto não é mais o mesmo.
Tinha teus cabelos entre os meus dedos.
Me diz como eu posso te sentir?




sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Solidão de poeta


Eu não vou mais.
E acho que também não vens
Vou fumar o meu cigarro. E dormir só. Outra vez.
Chuva no vidro. Vidro embaçado da minha respiração.
Eu acompanho as gotas que caem sozinhas.

Eu não processo a tua nova companhia.
E não aceito tu dizeres que é minha. – Quando não és.
Vai, se realmente precisa ir. Eu não vou implorar essa noite.
Foste-te como o vento, que não olha pra trás.

Meus poemas baratos, minha gramática errada.
Disseste que gostavas disso em mim. Por que disso agora?
Poema, bebida e alcatrão. De certa forma ainda te tenho aqui.



quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Troca

Trapo é.
Trapo seu.
Sou trapo.

Quem ama, assim fica.Desfigurado.
Amo-te, meu encanto.
A distância é como o trem que vem e nunca chega.
Dói, martiriza.
A dor que dói, parece que nunca cicatriza.
Chega assim, de supetão – não avisa.

Pesadelo meu – acordei sozinho.
Devaneio nosso.
A cobiça, tua boca – meu objeto de desejo.

Ó, meu amor! – Te anseio, te suplico.
No porto dos casais – encontro nosso.Marcado.
Nosso amor selado, e entregue pelo homem amarelo.
Cheguei em tuas mãos.Frio e manchado de tinta.Dizendo que te amo em poesia.

Troca de verso, troca de caricias, de desejos e até malicias.
Amo-te, amor meu.
Até a vista.

sábado, 16 de agosto de 2008

Rua da Praia


Pluma. – Leve como uma.
Deixa o vento te trazer e tal!

- Vem hoje?Me compra um chocolate?

Faz.Faz tempo que eu tava aqui.
Faz horas que eu percebi.O ônibus atrasou.
- Novembro quem sabe eu apareça!

- Ouvi Beatles pensando em ti.
- Eu ouvi Stones.
Ficas em um hotel, por quê?Podias ficar lá por casa.
A vó faz uma salada pra ti.Além do mais, eu nem to com fome mesmo.
Tentei te fazer uma música ontem á noite.
Sexta feira, se tu poderes, vamos no, Bambus comigo?Vai o pessoal todo.
Quando tu chegares em Porto, da um toque pro meu celular.Te busco.
Te espero faz tempo.
Agora eu vou lá.O pai quer gravar “Time”.

Beijos... Te amo!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Monogamia ou monotonia?


Sinônimo?Não.
Mas monogamia e casamento andam juntos.Ou seja: Boa coisa não é.
Qual é o absurdo em dar uma variada?Diversificar o cardápio para que não haja enjôos posteriores?
Padres, pastores e demais lideres religiosos, costumam usar uma palavrinha, muito peculiar ao vocabulário cristão.Fornicar. Pra essa gente que só pensa nisso, quem pensa naquilo, vai pro inferno – sem escala.
Onde eles querem chegar?Matando milhares e milhares de futuras crianças nas paredes do Box do meu banheiro?
A monogamia enjoa. Isso é fato.E contra fatos, não existem argumentos. É fato, que depois de doze anos de casado, transando com a mesma figurinha, você vai enjoar. “Come massa todo dia pra ti ver”.
Existe até uma explicação cientifica pra isso.Li alguma coisa, que os feromonios que um transmite ao outro, quando estão prestes a “acasalar”, cria uma certa dependência, e pós muito “uso” dessa substancia, o corpo, começa a criar uma certa “imunidade”, de querer algo mais forte. É quando um não satisfaz mais o outro.
A felicidade é a alma do negocio.Juntamente com a propaganda.E se o corpo que divide a cama contigo, dia após dia não te satisfaz mais, o que há de errado em dar uma “bimbada”, em um que vai satisfazer?
E o amor?Sentimento virtuoso e que poucos são possuidores. – Pro inferno!Nem o amor resiste à monotonia da monogamia.
Longe de mim pregar a promiscuidade, mas sim a felicidade.Enquanto existir tesão entre ambos – “toca fixa”.Mas se a coisa começar a ficar repetitiva, o vai e vem não passar de vai e vem.Acho melhor mudar de bar.
E pra encerrar, eu queria deixar uma perguntinha juntamente com uma analogia.
Já que tem que casar, não é melhor experimentar todas as opções?Assim como perfume?
Não se entra na loja, e leva um perfume sem experimentar, a menos que já seja o habitual.
Então, fica a dica – passe algumas fragrâncias nas mãos, pra depois mandar embrulhar.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um tal Pierrot

Pierrot, por Colombina chora.
Não adianta, ela não lhe da bola.
Quem sabe, trocando essas calças bufantes!
- Põe uma camiseta, passa um descolorante.
- Pierrot, por Colombina chora.
Não adianta, ela não lhe da bola.
- Tira essa lágrima do rosto, compõe bem sereno ou faz alvoroço!
- Pierrot, eu sei que dói.
- Mas se servir de conforto, ai vai – Nem Colombina, sabe ao certo se te ama.
Faz de tudo possível, mas não que só ir pra cama.
- Creio que nem tu.- Tu queres?!
E Pierrot, por Colombina, ainda chora.
Talvez ela comece a lhe dar bola.
- Eu sei, eu sei.Sempre depende da gente.
Pierrot, está a ponto de cansar, tocar tudo pra cima, e de mão tudo largar.
- E novamente eu vou me meter – Pierrot, realmente creio que a pena ela deve valer,
e de amores por ela, até que vale sofrer. Tente ser mais cauteloso, e também um pouco menos sestroso.
- Pierrot, o amor, é um santo remédio.Com ele nunca se morre de tédio.Pra ocupar a mente ele sempre nos arranja.
Dizem que respeito e canja, nunca ocuparam espaço.Mas da tal Colombina, Pierrot só quer um abraço.

terça-feira, 13 de maio de 2008

A fumaça do meu cachimbo...

- Pão. – pois tua fome anseio em saciar.
- Água. – porque tua sede me agrada matar.
E o carinho vem de tua parte,
Desperta-me o amor, com um sinal de aguarde.
Quero-te, tão simples como a água e o pão.
- Espera. – Dessa boca, não agüento mais ouvir.
Amo-te, é o que eu consigo sentir.
Dos meus livros, nem a poesia se fez capaz de tal descrição.
Perfeita e tão bela, te observo pelo vão.
Eu rogo pelo parto amado, pelo dia, sagrado, que meu pedaço sai de ti vivo.
Teu perfume inebriante, adentra ao meu nariz.Quando te abraço me fazes feliz.
Em vitórias, derrotas e devaneios, na minha loucura eu me esqueço, que não és minha por completa.
Dei-te uma rosa, não guardaste uma só pétala.
Fiz-me teu gentil, pra que a vossa alma confortável ficasse.
Retribui-me com não.E só manda que eu aguarde.
Jurei a mim mesmo, não chorar mais sozinho, não ser teu amante. Continuarei a te amar, ainda que distante, mas tolo, eu não serei mais.

sábado, 15 de março de 2008

Uma leve intuição


De tanto andar no sol,
Acabei por cansado ficar
Procurando alguém, do qual nem sei que é.

Eu não sinto pena de mim,
Eu não sinto compaixão.
Eu só tenho incógnitas,
De uma noite de verão.

Como se acha a pessoa certa?
Como se vê o sol a dois?
Como se olha pro presente,
Sem saber o que vem depois?

O que ninguém entende,
É que só, não dá pra viver.
Ficar sozinho até que é bom.
Mas ser sozinho não dá pra ser.

Uma noite, um jantar.
Há de convir, isso tudo tem seu valor.
Nada me conforta tanto,
Do que ter a ti.

Teu lugar é do meu lado.
Isso todos já perceberam.
Só falta o teu calor, e teu corpo inteiro.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ouviram do Ipiranga, só risadas


Esse pais a cada dia me encanta mais.
Não tenho coragem de largar esse povo tão lindo, que trabalha o ano todo, menos no dia do índio, São Francisco, finados, natal, ano novo, páscoa, São João, dia dos namorados e vários outros.
Não consigo não amar um povo que reclama a vida toda por não ter emprego, e quando tem mete atestado todo mês. Não consigo imaginar-me longe do seu Quincas, o verdureiro ali da esquina, que juntou uma graninha, pra ter seu próprio negocio, e agora não abre, porque ele é seu próprio patrão.
Eu entendo perfeitamente o que essa gente ignorante não entende, meu povo vota no presidente “Polvo”, porque ele é trabalhador como eles, ele até matava serviço pra tomar cachaça – pelo menos foi o que ele disse – creio que ele não tenha motivos para mentir, não?
Meu povo reclama, porque quando ele foi votar, ele não sabia que o político era tão canalha. Afinal, são só quatro anos para podermos avaliar um ser humano.Eu apoio minha gente, o homem merece doze anos, ai , se não for bom, eles não votam mais.
Referente ao estudo eu também os compreendo.
O governo nunca repassa verba para as escolas, quando chega a repassar as criaturas perderam a vontade de estudar. Se ele tivesse feito o que prometeu pela segunda vez. - ordinário.
A minha terra, é a terra do cristo, do carnaval e da alegria. Eles matam a fome com tanta alegria.
E por falar em carnaval, vocês, que vem aqui de visita, não entenderam, carnaval não acaba na quarta - feira de cinzas alia aqui nesse, pais alegre o carnaval não acaba. Não, é que eu também entendo isso, pois veja bem. O feriado é terça-feira por exemplo, nós engatamos, ai fica terça, quarta,quinta,sexta,sábado e domingo.Ai eles vão ficar fazendo o que nesses dias todos? FARRA.
Ai eles fazem as “Micaretas”, só que acontece assim, aqui no Brasil, tem uma cachaça muito boa, então eles bebem muito, e ai quando tem que voltar ao trabalho, aquela ressaca exige um atestado, por isso o numero de faltas e atestados no serviço, entenderam?
Não é promiscuidade, o numero de filhos é porque os agentes de saúde passam lá e distribuem camisinhas, contraceptivos, e os ensinam a usar, mas é que eles não querem gastar, e de mais a mais, o que eles vão faze?A televisão queimou, ai eles fazem filho pra matar aquele tédio desgraçado. E outra, aquele homem sem um dedo dá pra eles uns trocados por filho, então até que compensa fazer uns pequeninos por alguns reais, né?
Eu amo esse pais, terra de “Poblemas, Ladronas, Ni mims, pá tu, e estautas.”
Esse povo é tão bom, que ta fornecendo cartão de crédito pros governantes. Esse cartão é jóia, jóia.Ele compra desde uma “Mercedes Benz” a uma tapioca de R$8,50, brilhante!
E ainda eles aceitam também, os auxílios: Paletó; Mala e a gasolina do carro do filho dos políticos.
Diz-me, onde achar um povo tão bom e inteligente como esse?
Aviso meus bons amigos. Escrevam da Europa, pois eu, vou ficar fritando na minha terra tropical, comendo feijão e sambando até o sol raiar, de novo.



sábado, 16 de fevereiro de 2008

A juventude é rica e a juventude é pobre


A juventude é rica em burrice, e pobre em personalidade.
É incrível, como a mente de jovens como eu ta cada vez mais medíocre, e vulnerável a formadores de opinião absurdos.
Esses dias fiquei abismado, fiz uma coisa da qual não sou muito chegado, resolvi ver programas de televisão, normalmente assisto só filmes, mas resolvi ver o tal programa da “Mari Moon”, uma guria de cabelo estranho, bi-sexual e cheias de idéias convincentes para mentes fracas.
Tem adolescentes de quatorze a dezesseis anos, ligando, para pedir os conselhos mais absurdos, coisas, como – Eu estou amando um garoto da minha escola, devo mudar meu jeito de vesti Mari? – Claro, a Mari não tem culpa, no fim do mês o dela ta lá, e é isso que importa, até ai não vou condenar, mas essa guria que perguntou. Ela perguntou uma coisa absurda, eu vi mais ou menos assim. – Oi Mari, eu sou uma adolescente com a mente bitolada, sem personalidade alguma, eu estou afim de outro retardado como eu, devo perder mais a personalidade ainda, ou fico com o pouco que “não” tenho?
Não sei se vocês se deram conta, provavelmente isso seja culpa dos pais, mas claro, também é dos jovens, mas enfim. Aonde foi para a boa e velha conversa com os de dentro de casa?Isso era coisa pra ela conversar com os pais, e não com uma louca que provavelmente não sabe fritar um ovo.
Os meios de comunicação são feitos pra isso, tudo bem. Mas são artistas, eu só vejo esse pessoal de colégio cantando “Funck”, pura apologia sexual, falam de sexo o tempo todo, alias, não sabem de outra coisa, concordo sexo é bom, sexo é ótimo, mas tudo tem um limite.Vemos coisas absurdas, como uma menina de nem seis anos, dançando na boquinha da garrafa.aquela guria nem sabe o que aquilo significa, mas com certeza o pedófilo que está próximo, deve saber muito bem o que fazer com ela.Se aquela menina só fizesse isso,tudo bem,mas não, o infeliz do pai dessa criança ainda ri, com uma latinha de cerveja na mão, e batendo nas costas do amigo, se vangloriando da filha que tem.

- Essa pirralha é um sarro né Pedrão?! – Malandro.

Então, se hoje em dia uma pobre demente, liga para uma emissora de televisão, a fim de resolver seus problemas, é porque lá atrás o lindinho do pai dela, achava bonito ver ela dançando na boquinha da garrafa.
Eu sinceramente não sei aonde isso vai para, se é que vai. Mas seja lá como for, o destino é trágico.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Eu, o super-mercado e minha curiosidade

Fui até o super-mercado, comprar coisas do cotidiano.
Pão, leite, ovos e refrigerante etc...
Eu andava pelos corredores do “Nacional”, pondo todos os produtos em minha cestinha, preparando-me para ir para o caixa.
Mas ai é a parte que eu não entendo muito bem, suponho que eu sofra de um distúrbio, problema mental, ou sou só um simples fofoqueiro ou curioso.Eu sempre escolho a fila maior, só p’ra poder observar o que as pessoas compraram.
Se fosse só ver o que elas haviam comprado, tudo bem, mas é, além disso.Fico observando o que compraram, a quantidade de cada coisa, quero saber como esse individuo vai chegar em casa, se ele vai chegar e largar as compras encima da mesa, ou se vai por só o que é de geladeira na geladeira e deixar o resto por ali, ou é o sistemático, tem que tudo estar em seu devido local, em seu devido pótinho amarelo de sorvete da “Kibon” com um esparadrapo de etiqueta – “CAFÉ”.
Às vezes eu fico rindo sozinho dessa minha paranóia, isso não pode ser normal.
Hoje mesmo, tinha um cara na minha frente, com três polares e um kindim.
O que, que alguém vai fazer com três cervejas e um kindim?Bom, partindo da seguinte premissa, se as cervejas são só pra ele, ele não é de encher a cara, ou tem pouca grana, e o kindim, bom diabético ele não é, pode ser pra namorada, esposa, filho, não sei.Mas, por que um kindim?Nossa só um?Ai eu volto à estaca zero, ele é sozinho ou não, porque se ele não fosse, ele compraria dois kindins, ou então a mulher dele (eu já tenho quase certeza que é mulher.) não gosta de kindim, isso é uma probabilidade, suponho que de uns 50%.
Eu não me preocupo tanto com isso, me preocupo mais, é com essa espécie de “T.O.C” que eu sofro.Isso não pode ser normal.
O Cara que estava atrás de mim, tinha fraldas “Pampers”, já sei que uma criança pequena faz parte da família.
O mais curioso disso tudo, é que eu lembro quando começou.Foi numa noite, quando eu era pequeno, e na minha frente tinha uma senhora comprando morangos, desses que vem nas bandejinhas de isopor.E eu fiquei olhando aqueles morangos bem vermelhos, e fiquei pensando, como ela os comeria, sentada assistindo televisão, na cama, puros ou com creme de leite.Mas o porque desse meu incrível pensamento, é uma coisa que eu ainda tento saber, normalmente quando eu saio do supermercado rindo, da viagem que tive pela casa alheia.
Eu falei isso pra algumas pessoas da minha família, pra fazer uma pesquisa, assim por cima mesmo, ninguém nunca fez isso, ou se fez não quis assumir.
Até que meu analista me prove ao contrario, eu me acho completamente insano.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O mala



Nota zero em educação moral, caráter nem de longe.
Essa era a reputação dele, promiscuo, nojento e inconveniente, pagavam para não ter a cia daquele ser.
De fato as noites com ele eram engraçadas, o pessoal todo ria, mas no fundo no fundo, sentia aquela vontade de cortar os pulsos com o barbeador elétrico, sabe como é né?! Vontade é coisa que dá e passa, então melhor ficar nos “Fetiches”.
Ele sempre derrubava a cerveja, falava alto, e se referia as mulheres como vadia, praticamente um Lord Inglês. E a melhor parte era quando falava “Tri Fasil”, cuspindo agente por completo.
Tivemos uma reunião ontem, o Eduardo trouxe o vinho, o Vitor a sobremesa, e o Anderson os CDs, mas ele, trouxe a fome, a vontade de ficar bebaço,e o dom de sentar encima das caixinhas.
Que jantar perfeito, se não fosse ele, comendo com as mãos, eu sugeri que ele tentace com os pés, daria um ar mais primitivo.
Há, qual é? Vamos, quem não tem aquele “Amigo” porre, mas tem pena, e acaba carregando o infeliz pra baixo e pra cima, por que apesar de não suporta-lo, fica com pena de deixa-lo só sexta – feira em casa?
O cara é um mala, um pé nos ovinhos, mas puts.
O problema maior, é que sempre que se tenta explicar pra essa anta que habita nosso circulo de amizades, que, o silêncio é produtivo, a comida já está morta, e olhar pra onde senta, é mais complicado que uma dizima periódica.
Além do mais, ele vai ficar bebado, vai encher o saco. Puts, o pessoal não vai me perdoar, eu prometi não leva-lo mais.
Hahahaha, até vejo já, a veia da testa do Vitor saltando quando enchergar.

Inerte


Era 7:31Am, conversamos a noite toda, o jeito que ela falava, olhando para o nada, e tão expressiva.
Fiquei te olhando a noite toda, falavas de teus planos concretos, tinhas resposta para todos os problemas, sabia exatamente onde estava o erro dos humanos, não seria louco em te questionar, nem te interromper, mas que estava com uma vontade de calar tua boca com um beijo, pondo minhas mãos no teu rosto, os polegares na maçã do teu rosto e os outros dedos na tua nuca.
Há se eu fosse real pra ti, gosto do jeito que pedes atenção, e me põe claramente o teu ponto de vista. Hoje eu concordo com tudo, tudo o que tu disser pra mim é lei.
Entre uma taça de vinho e outra, o outono se apresenta, me dando vontade de ti, e o verão faz consumar o desejo, com calor.
Corpos unidos, nunca tão unidos como nesse dia. O quarto tem cheiro de balsamo, e as cobertas o perfume dos teus cabelos... Há os teus cabelos, tão macios, afaga-los com tua cabeça deitada em meu peito.
O som do Jazz o vinho, teu corpo, teu cheiro, nenhum alquimista seria capaz de tal formula, perfeição, inebriante.
Há se tu soubesses o quento eu te amo, queria congelar esse momento para o eterno, ter essa cama bagunçada com tuas pernas enlaçadas nas minhas, com teu corpo coberto em parte.
Vais me amar até a morte? – me indaga depois de ter prazer.
Te amo até o infinito, vivo pra te amar, e morro por ti se preciso.
Quero-te eternamente, mesmo que o eternamente, seja agora.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Já nasci


Dei-me conta hoje de manhã que estou velho.
Minha barba, meus pelos em geral, afastei minha cueca e fiquei até feliz por isso.
Olhei pro lado, vi uma garota loira, legal, parece que foi ontem que eu implorava para as garotinhas de aparelhos nos dentes, um beijo, ou que passava bilhetinhos de namoro.

- Você já está de pé, gostosão – me falou aquela criatura da qual nem sei o nome.
- Não, não.Sou sonâmbulo – respondo, o mais irônico possível.

Quero mais que essa figura se arranque da minha casa, alias nem sei porque cargas d’água ela ta aqui, quer dizer eu sei, mas não sei porque aqui.

- Escuta...O...
- Vanessa. – Me interrompe com raiva notando que nem sei seu nome.
- É pode ser.Eu tenho algumas pendências pra resolver hoje, e estou um pouco atrasado.

Sabe como é, depois que crescemos, ficamos bonitos, ricos, incrivelmente a libido delas fica muito mais propicia a nós. Não é curioso?

- Eu posso te esperar aqui.
- Tu só podes estar louca!Acha de fato que eu vou te deixar sozinha no meu Ap?Eu nem sei teu nome.Faz assim, eu não to a fim de ser educado hoje, veste tua calcinha fio dental, pega essa tua saia, e te some daqui.
- Seu grosso. – como se eu não soubesse.
- Ta, eu sou o que tu quiser, agora sai.

Ela saiu, um tanto quanto irritada, triste, sei lá, o que aquela criatura pensava, só sei que quando ela bateu a porta com força, me deu uma vontade de matar ela.
No que aquela criatura saiu, eu fui até a cozinha, parei na frente do micro - ondas, coçando a bunda com uma mão e a cara com a outra.
Apanhei o café do micro – ondas, sentei-me no sofá da sala, me dando conta que tudo tinha mudado, não era mais minha mãe que trazia o meu café, que minas cuecas eram maiores, e que a barba que eu tanto queria ter, hoje, eu implorava para não ter que fazer (eu odeio fazer a barba), e isso, me assustou, assim como quando alguém morre, às vezes demoramos dias, semanas, talvez até meses, para cair à fixa.Sim, reconheço que eu estou um pouco lento no meu raciocínio, mas assim como ninguém lembra de respirar, é intuitivo, ninguém lembra “De lembrar” que cresceu, que tudo mudou.
Não mando mais bilhetinhos de namoro.


Indivíduos


Nem tudo que reluz é ouro
Nem sempre a burrice é vista pelo tolo
A imagem de ser o que não é
E sentir o que não quer.

Faz daquele um mal crônico
Com o corpo tremendo do fim
Que está ali.

Tenho medo do amanhã
Penso que fiz ontem
E do agora que resulta amanhã.

Sem cia,nem namorada,
Chego no pódio,
Passo a linha de chegada
Mas sinto falta do teu calor.

E tudo que fiz,
Justifica o que não fiz.
E o hoje, justifica o amanhã.
Pela tarde que esperei ouvir...
Te amo...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Pomar



Cai a chuva
Chuva forte
Não mais forte do que o vento.

Amo, por que amo.
E sei, que tudo que existe,
Também não sabe a infinidade de “por quês”.

Cai a chuva
Chuva forte
Não mais forte do que o vento.

A ultima vez
Que fui feliz,
Foi na infância
Sentado, naquele balanço,
Ainda trago aquela lembrança.

Cai a chuva
Chuva forte
Não mais forte do que o vento.

Indivíduos alucinados
Caem, feitos a chuva.
Que minuto após minuto
Se derruba, se derruba.

São vidraças embasadas
Da boca de quem pardo
Observava que...

Cai a chuva
Chuva forte
Não mais forte do que o vento.

Carmim



São apenas anjos, bons ou ruins, ainda são, só anjos...

Eu só lembro da textura da grama nos meus pés, aquela brisa leve, típico vento sulista, o sol que não estava quente, mas não deixava a brisa fria.
Lembro bem, de avistar uma criança num balanço, bem ao longe, eu mais ouvia o som das correntes do que propriamente ver a imagem dessa criança.
Aproximo-me daquele guri, fico a cerca de uns 7m, notando já com um certo espanto, que ele não me avistava.
Reparo que ao lado dele, existe um Sr, de aproximadamente uns setenta anos, ele está tentando apanhar uma goiaba, mas eu, não consigo desviar os olhos do guri, ele lembra muito a mim mesmo quando criança, e aquele Sr, eu não sabia da onde, mas tenho certeza que eu o conheço. Tudo parecia um “Dejavu”, tudo me era familiar, ver aquela imagem toda, o Sr apanhando a goiaba e entregando-a ao guri.
Sento me no chão, vendo aquilo como um filme “Retro”, que me gerava uma sensação de nostalgia inigualável.
Torno a prestar atenção nas sensações do cenário, sinto a brisa, até eu escutar passos atrás de mim.
È Clarissa, a enfermeira da minha clinica psiquiátrica, veio me buscar para meu passeio no jardim.
Sobre aquele guri, não sai da minha mente, e o Senhor.Ainda sonho com ele.

Novidades Antigas



Só tomei atitudes romanescas, e assim mesmo não deu.
De todas as bebidas, a mais doce, foi o vinho daquela noite.
Se cada pulsar do teu coração equivalesse a uma lagrima minha, terias morte imediata, de cada canto teu eu quis habitar, e cada problema, solucionar, já que de amores eu morri.
Jurei amor eterno, fiz promessas complicadas de falar, e de entender, mas mesmo assim... Não deu.
Eu tentei de todas as formas contornar as tuas medidas radicais com os de mais, para que sem outros amigos não ficasse sem, e dos teus parentes, engoli os piores, atureis os mais inconvenientes, aceitei palpite, que naquela mesa onde o chefe daquela família arrotava petulância, sentado a um trono de cerejeira curvando sobrancelhas a mim, e indicando com seu dedo ignóbil.
Mas mesmo assim, não deu;
Tiveste que atuar naquela noite em que eu dormia, abraçado a ti, levantaste, e fizeste com um ato viu e sorrateiro, para que eu tivesse meu pior amanhecer.
Acordei um tanto quanto catatônico, te procurando, e dando de cara com nossos retratos sobre a mesa, não foste capais de deixar somente um bilhete, que falasse alguma mentira que me reconfortasse, já que tinhas mentindo a mim, por todo tempo juntos, dessa vez, foste verdadeira, foste verdadeira quando não podias, não devias ser. Dessa vez foste.
Sempre me gerou a sensação, que me ver humilhar por ti, e me acalentar com um beijo frio teu, te causava um orgulho fora dos padrões normais, te deixava envaidecida, por ser eu, mais um em teu relicário de tolos.
Mesmo sem saberes, eu te perdoei, e mesmo assim...Não deu.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Isso não é um campo de Alfazema!


Olá. Permitam que eu me apresente.
Sou um Urbano, com nojo de você, sim, nojo dessa corja toda que habita os esgotos, “malocando” o seu furto dentro do nariz ou dentro dos pulmões.
Eu sinceramente, sonho com o dia, que ver um bandido com licença e coturnos acertar um estanho entre os seus olhos, nesse dia eu estarei lá, jogando todo meu asco dentro do teu sangue, olhando com o olhar mais vazio impossível, sem raiva, sem pena, sem nada, só asco, apreciando a forma que tentas por o ar para dentro dos pulmões, vendo teu olho perder o completo brilho, e achando maravilhoso, ver a tua sensação de sentir a carne soltar dos ossos, isso vais ser esplendido.
Tu não vais te lembrar de mim, nem suspeitaras, pois a anestesia que tomaste com o fruto de meus objetos, fez esquecer minha fisionomia. O que não sabes é que; eu lembro da tua, e lembro bem.
Quero que enquanto agonize, preste atenção nas luzes dos postes, são 20:00, estes meios escuros já, escuta os carros passando, e nossa, ninguém vem te socorrer.Só tens eu, ali, te repugnando, sentindo o mais profundo nojo de ti.
Há, já ia me esquecendo, essa corrente que usas, agora é minha!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Nosso futuro nada, nada promissor.



Eu tentei ser formal, não me permitiram, as vezes tentamos ser educados é as pessoas deixam nítido que esta não é a forma.
Parece que enquanto não enlouquecemos, e não chutamos o pau da barraca as coisas, não vão dar certo.
Por exemplo, no ônibus lotado, se pede licença em bom tom, a pessoa da frente faz que no não ouviu, só tem uma solução, tocar encima.
Mas isso é um exemplo banal, mas falo em coisas mais sérias, dizem por ai, que, respeito se conquista, e claro, nem sempre com grosserias, mas ando notado que nos tempos de hoje, com uma boa parte das pessoas é a única língua que entendem.
Expressões como “Por favor, com licença, muito obrigado e etc...”, não funcionam mais, conduzir as coisas com cautela, não é mais sinônimo de uma boa convivência com seu próximo.Noto que o futuro que temos, é uma “Guerra Civil” sem armas, civil ao pé da letra, sem mortes, mas somente entre os civis, pessoas se ofendendo com palavras chulas, por motivos bestas, por estarem saturadas com o seu próximo, e sempre esquecendo que fazem o mesmo.
Eu cheguei a seguinte conclusão, não adianta a gente querer muda o resto, temos de mudar nós mesmos, ajuda um monte.
Filantropia, nunca fez minha praia, mas acho que está na hora de ser mais maleável, pelo menos em parte.
O problema de ajudar as pessoas, é que todo mundo tem medo de não ser ajudado, e até ai, eu concordo, e faço o mesmo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008




Poxa, não foi legal, eu disse que não seria;
Depois dizem que eu estou sempre reclamando, o pessimista.
A discussão é sempre a mesma, me chamam de pessimista e a resposta é sempre o realista, mas no fim da noite acabam concordando comigo.
Ilegal, imoral e engorda isso o Robertão já, falava clichê nem tanto usado assim, mas não dá p’ra negar que em momentos é verdade, nessa noite não foi, imoral, não engordou, mas era ilegal.
Não foi, legal, eu disse que não seria;
O pior de tudo é que se só eles fossem se dar mal nessa estória, ai tudo bem, porém acabam sempre me levando junto.
Decidimos não falar sobre isso em público.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Conviver é um desafio.


Convenci-me que as coisas nem sempre saem do meu jeito, não importa a forma que eu conduza as coisas nem sempre saem do me jeito.
Um grande amigo meu disse que isso, certas vezes é produtivo, mas meu egocentrismo teimou, em não aceitar.
- Cara tu tens de deixar de ser teimoso.
- Cala a boca, teimoso é quem teima comigo.
Ando, notando, que se não parar com minha arrogância, egocentrismo e derivados, vou acabar só, já acabei uma vez, mas a culpa não foi só minha, alias a culpa nunca é minha. (hehe)
De certa forma todos temos culpa pela felicidade e/ou da depressão alheia, se parar para notar, é um efeito dominó.
Puts, é tão chato estar só no fim de semana, com uma única “Polar” e ouvindo Legião Urbana. “Depressão certa.”

Um dia um tanto, quanto complicado


Puts, hoje tinha tudo p’ra dar certo, mas não foi bem assim.
Acordei, abri meus olhos e esfreguei os mesmos, dei um sorriso de fora - a - fora, lembrando que hoje teria uma entrevista numa grande empresa, olhando o ventilador no meu teto, me gerava um pouco de sono, então levantei de imediato.
Dirijo-me até o banheiro, para fazer as coisas do cotidiano, que ninguém agüenta fazer, porem é preciso, escovei meus dentes, lavei as fuça, e pronto.”É HORA DO CAFÉ”.
Bom até agora tudo ia muito bem, até eu notar que não tinha café, até ai tudo bem,
pois, eu também não tinha açúcar, nem pão, enfim, não é em vão que eu vou procurar emprego.
Peguei minha carteira, mais fina que uma folha de papel, e me dirige até a padaria para tomar um café, bom novamente constatei que não tinha um puto em minha carteira, somente a foto do meu irmão, e 3 cartões telefônicos sem unidades.
Minha ultima esperança era ir a porra da entrevista, já que fervia de raiva, por sentir fome, e ter sido quase encharcado por um carro na Avenida, a sorte foi que pulei.
Ok, fui a pé a maldita entrevista, chegando lá, levei um chá de banco, fiquei horas e horas, com aquela secretaria maldita me olhando com cara de bunda, bom quarei em média uma, uma hora e meia, p’ra ela olhar pra mim, e dizer.
- Desculpe Sr, o Dr.Figueiredo, não virá ao escritório hoje, sua entrevista está desmarcada.
Fiquei mega contente, pois claro, por que ela me diria quando cheguei, se a graça era me fazer quarar ali?
O pior de tudo, não foi o emprego, é que eu continuo sem café.