sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Solidão de poeta


Eu não vou mais.
E acho que também não vens
Vou fumar o meu cigarro. E dormir só. Outra vez.
Chuva no vidro. Vidro embaçado da minha respiração.
Eu acompanho as gotas que caem sozinhas.

Eu não processo a tua nova companhia.
E não aceito tu dizeres que é minha. – Quando não és.
Vai, se realmente precisa ir. Eu não vou implorar essa noite.
Foste-te como o vento, que não olha pra trás.

Meus poemas baratos, minha gramática errada.
Disseste que gostavas disso em mim. Por que disso agora?
Poema, bebida e alcatrão. De certa forma ainda te tenho aqui.