
Sempre que me encosto à porta do teu quarto, e vejo a luz do abajur deslizar no teu corpo semi-coberto, idealizo todas as coisas que irei te dizer quando tu acordares.
Prendo-me olhando ao vento que de leve entra pela janela, e descobre tuas costas nuas.
O jeito que abraças o travesseiro em busca do meu corpo – o jeito que teu corpo pede o meu.
Em pé na tua porta, basicamente nu – basicamente teu. E eu aqui, olhando a cena que eu atuava, as garrafas pelo chão, algumas estão cobertas pelas nossas roupas.
Mas não, não acorde – deixa eu te observar mais um pouco, me deixa ver como teus poros se ouriçam na confusão da minha respiração quente com o ar frio.
Todas as cores dos seus olhos confusas com as do teu cabelo, todas as notas do teu perfume com o meu, e tudo isso com a fumaça do meu cigarro.
Como é que se imortaliza uma cena?Como é que se ama alguém?
Eu acho que quero deitar do teu lado, e velar teu sono de perto.
Abraça-me ao deitar do teu lado – estou aqui? Será?
Por que eu sou assim? Tão canalha e tão ridículo.
Sempre querendo o que não posso, quem não devo e quem não quer.
Eu ando roto, e tu nem ligas. Gosto do teu corpo, das tuas tatuagens, dos teus lábios quase abertos.
Normal, levanto, me visto sorrateiramente – cuidando pra não te acordar –, eu não posso ficar aqui. Pego meu cigarro, as minhas chaves – ponho os fones nos ouvidos... “Babe i'm gonna leave you”... E eu fui eu de novo.
Prendo-me olhando ao vento que de leve entra pela janela, e descobre tuas costas nuas.
O jeito que abraças o travesseiro em busca do meu corpo – o jeito que teu corpo pede o meu.
Em pé na tua porta, basicamente nu – basicamente teu. E eu aqui, olhando a cena que eu atuava, as garrafas pelo chão, algumas estão cobertas pelas nossas roupas.
Mas não, não acorde – deixa eu te observar mais um pouco, me deixa ver como teus poros se ouriçam na confusão da minha respiração quente com o ar frio.
Todas as cores dos seus olhos confusas com as do teu cabelo, todas as notas do teu perfume com o meu, e tudo isso com a fumaça do meu cigarro.
Como é que se imortaliza uma cena?Como é que se ama alguém?
Eu acho que quero deitar do teu lado, e velar teu sono de perto.
Abraça-me ao deitar do teu lado – estou aqui? Será?
Por que eu sou assim? Tão canalha e tão ridículo.
Sempre querendo o que não posso, quem não devo e quem não quer.
Eu ando roto, e tu nem ligas. Gosto do teu corpo, das tuas tatuagens, dos teus lábios quase abertos.
Normal, levanto, me visto sorrateiramente – cuidando pra não te acordar –, eu não posso ficar aqui. Pego meu cigarro, as minhas chaves – ponho os fones nos ouvidos... “Babe i'm gonna leave you”... E eu fui eu de novo.