domingo, 19 de abril de 2009

Fulcro D’alma

Luz forte, que entra pelas frestas da persiana
São meus cílios roçando no travesseiro e não me deixam dormir
Pensamentos em ti – que não me deixam sair daqui.
Obscuridades num quarto encoberto de fumaça.

Que faz teu sorriso em cada manhã,
Que desafia a minha loucura por cada anoitecer?
Tripudias da castidade neste leito sensual.
Com risadas sem pudor, achando a vida tão normal.

Que mal há, no prazer sem depois?
Que mal há, no agora sem prazer? – será que tu me entendes?
Triunfando sobre minha alma sem remédio
Dominando o meu corpo sem pensar.

Meu corpo marcado vira o teu relicário. – me fiz altruísta.
Depois de ti, eu vou!
Egoísta, não sou.
Depois de ti, eu vou!

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei da forma como os detalhes tem particpação no poema. Os cílios roçando, a fumaça no quarto... São eles os que fazem a diferença, não? :)

A forma de abordar a sexualidade sem precisar partir para o grotesco, sabendo usar as palavras com o cuidado devido também é algo que gosto muito.

Bom que voltastes
beijo!